Vamos falar na lata!
Comecemos pelo "Soneto da Fidelidade" que eu, particularmente, chamaria de "Ode ao Próprio Umbigo":
"De tudo ao meu amor serei atento"
De TUDO! TO - DAS as outras coisas! Será atencioso ao SEU amor.
Um amor que eu tenho, você tem, todos temos.
Se daremos para alguém... É oooooooooooooooutra história que não está neste soneto!
"Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto"
É
a forma de como será atencioso com SEU amor: colocando em primeiro
lugar, mimando sempre e com exagero. O que revela-se (convenhamos) um
narcisismo descarado! Uma vez que SUA atenção será dada dessa forma (a
descrita acima) para um amor que é dele mesmo!!!
"Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento."
Ahá! Eis a parte que não me deixa mentir!
Que
mesmo diante de qualquer sentimento (desequilíbrio hormonal que sempre
afeta a cabeça menos o coração) por outra coisa, alguém, sei lá... o SEU
pensamento, também, estará focado nesse SEU amor.
Isto é, o resto
será apenas distração! SUA mente estará fascinada de tal maneira por
esse amor o qual possui que Angelina Jolie nua na porta da sua casa,
fazendo um protesto e prometendo cama, comida e roupa lavada em troca de
SUA atenção e pensamento, resultará em um: "Legal! Mas, eu me amo e não
posso mais viver sem mim".
"Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento."
Como não existe narcisista altruísta... Eis o egoísmo!
Sem mais a declarar.
"E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure."
Pode
morrer agonizando sozinho... Não importa! Também orgulhoso, vai encher a
boca pra dizer: "Foi bom enquanto durou! Porque a vida é só uma e curta
demais".