O salário dos trabalhadores, dos profissionais nunca foi tão negligenciado como nos últimos dias. Desde a metade do ano passado, as reivindicações por salários melhores, mais justos têm crescido desproporcionalmente ao vergonhoso reajuste oferecido pelo Governo. E quando a pauta de discussão não é qual seria o valor descente a ser pago; é quando será recebido o pouco que já pagam, devido aos atrasos recorrentes da folha de pagamento.
Ateontem, através do Jornal Nacional, vi que em Martinópolis (SP) essa situação já ficou indecorosa. O prefeito da cidade, Waldemir Caetano de Souza, proibiu, por meio de decreto, que todos os funcionários públicos municipais falem abertamente sobre os atrasos no pagamento de salários. Atrasos desde outubro de 2010! Nove meses pagando as contas atrasadas. Não tem como não pensar nos juros. Juros após juros que comem esses trabalhadores pelas pernas. Juros que todos nós sabemos o quão abusivos são. Mas, para tornar a situação mais cômica do que trágica, eles estão proibidos de reclamar! Pela mãe do guarda! De onde saiu esse prefeito? É pegadinha, não é? Manda ele contar a do português!
Contudo, nesse mês, o prefeito não quis contar, ainda, a piada do português. Preferiu deixar todos os funcionários públicos municipais de Martinópolis boquiabertos com o critério de pagamento dos salários: a letra inicial do nome dos servidores, partindo do sentindo inverso do alfabeto, ou seja, da letra "Z". E a primeira letra do nome do prefeito é... "W"! Tundun Tchiiiiiiiiiiiiiiiiiii... Sim! Ele foi um dos primeiros a receber seu tão suado pagamento de mais de 11 mil reais! Uaka! Uaka! Uakaaaaaaaaaaaaaaaaa!
Segundo o vereador Luiz Leite (PMDB), o prefeito tem o apoio da maioria da Câmara Municipal e, por isso, até agora, nada foi feito em relação aos atrasos e ao surreal decreto de "se não parar de chorar, vai apanhar mais ainda". Não sei se dou risada ou se choro diante de uma situação dessa...
Sem sombra de dúvidas o caso de Martinópolis está mais constrangedor do que ouvir o prefeito de Goiânia, Paulo Garcia, declarar: "Dinheiro, nós temos sobrando, sim. Mas, não podemos gasta-lo com a folha de pagamento. O gasto com a folha tem um limite que já alcançamos. Sinto muito." Sente? Não sei o que exatamente ele sentiu na hora, mas, eu senti vontade de bater na cara da diretora que fez a defesa: "Eu entendo bem o que está acontecendo. Um determinado valor é liberado para o Município e já especificado com o que será gasto, através de uma rubrica. Rubrica que não tem como ser mudada. Impossível!" VAI TOMAR NO PAÍS DOS MONGES, viu? Quando um dos três poderes quer aumentar o salário deles, eles lá lembram que não podem mudar a dona rubrica? A gente é obrigado a ouvir e ver cada coisa...
Quer saber? Tem um limite a ser gasto com a folha de pagamento, certo? E nessa folha está incluso o salário dos prefeitos e afins, certo? Então, se todos os políticos fizessem como o deputado federal José Antonio Reguffe (PDT-DF), teria dinheiro para pagar os servidores decentemente!
É que esse deputado federal do PDT, assim que estreou na Câmara dos Deputados, neste ano, protocolou vários ofícios na Diretoria-Geral da Casa, com os seguintes objetivos:
* abrir mão dos salários extras que os parlamentares recebem (os 14º e 15º salários);
* reduzir sua verba de gabinete e o número de assessores a que teria direito, de 25 para, apenas, 9;
* reduzir, em mais de 80%, a cota interna do gabinete (o chamado "cotão"), dos R$ 23.030,00 a que teria direito por mês para R$ 4.600,00;
* abrir mão, também, de toda verba indenizatória, toda cota de passagens aéreas e do auxílio-moradia.
TUDO EM CARÁTER IRREVOGÁVEL! Nem se ele quiser, poderá voltar atrás.
"A tese que defendo e que pratico é a de que um mandato parlamentar pode ser de qualidade, custando bem menos para o contribuinte do que custa hoje. Esses gastos excessivos são um desrespeito ao contribuinte. Estou fazendo a minha parte e honrando o compromisso que assumi com meus eleitores", afirmou Reguffe - o mais bem votado do país com 266.465 votos. 18,95% dos votos válidos do DF - em discurso no plenário.
Sozinho, vai economizar aos cofres públicos mais de R$ 2,3 milhões, nos quatro anos de mandato. Se os outros 512 deputados seguissem o seu exemplo, a economia seria superior a R$ 1,2 bilhão. Pensa, então, se todos os políticos, inclusive nossos ilustres prefeitos aqui citados, Waldemir Caetano de Souza e Paulo Garcia, seguissem o mesmo exemplo? A rubrica e a falta de dinheiro para pagar em dia não seriam mais problemas, não é?
Fonte: http://www.tvfronteira.com.br/site/?noticia_id=16037
http://migre.me/5kzSO
http://migre.me/5kzTX
É que esse deputado federal do PDT, assim que estreou na Câmara dos Deputados, neste ano, protocolou vários ofícios na Diretoria-Geral da Casa, com os seguintes objetivos:
* abrir mão dos salários extras que os parlamentares recebem (os 14º e 15º salários);
* reduzir sua verba de gabinete e o número de assessores a que teria direito, de 25 para, apenas, 9;
* reduzir, em mais de 80%, a cota interna do gabinete (o chamado "cotão"), dos R$ 23.030,00 a que teria direito por mês para R$ 4.600,00;
* abrir mão, também, de toda verba indenizatória, toda cota de passagens aéreas e do auxílio-moradia.
TUDO EM CARÁTER IRREVOGÁVEL! Nem se ele quiser, poderá voltar atrás.
"A tese que defendo e que pratico é a de que um mandato parlamentar pode ser de qualidade, custando bem menos para o contribuinte do que custa hoje. Esses gastos excessivos são um desrespeito ao contribuinte. Estou fazendo a minha parte e honrando o compromisso que assumi com meus eleitores", afirmou Reguffe - o mais bem votado do país com 266.465 votos. 18,95% dos votos válidos do DF - em discurso no plenário.
Sozinho, vai economizar aos cofres públicos mais de R$ 2,3 milhões, nos quatro anos de mandato. Se os outros 512 deputados seguissem o seu exemplo, a economia seria superior a R$ 1,2 bilhão. Pensa, então, se todos os políticos, inclusive nossos ilustres prefeitos aqui citados, Waldemir Caetano de Souza e Paulo Garcia, seguissem o mesmo exemplo? A rubrica e a falta de dinheiro para pagar em dia não seriam mais problemas, não é?
Fonte: http://www.tvfronteira.com.br/site/?noticia_id=16037
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