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GRACE

Apertei o play.
O filme começou.
Assisti ao filme.
Acabou o filme.
E!?
Foi exatamente essa, a minha sensação: só isso?
Pareceu-me uma mistura confusa de suspense, drama e terror que resultou em nada. Sem falar da falta de coesão entre as cenas.
Então, fui eu em busca de sinopses, comentários e reportagens para entender o que é que passou na tela do Mac.

Em muitos, diziam que foi o filme de terror mais comentado no Festival de Cinema de Sundance, nos Estados Unidos, por ter provocado o desmaio de duas pessoas.
Dei trela!
Primeiro, por terem afirmado com convicção que era um filme de terror. Depois... Duas pessoas desmaiaram!?
Hahahahahahahahahahahahahahaha...
Pelamordeus!
Podem investigar que tenho a certeza de que não foi por causa do filme, não!
Se realmente fora, só confirmo que o povo de lá é pertubado!

No primeiro site, onde achei informações, quem escreve ousou em dizer: "... Paul Solet foi além do drama e conseguiu criar sequências que vão agradar aos fãs do gênero terror, especialmente nas cenas entre mãe e filha." Logo abaixo, afirma: "Na verdade, apesar de todo o bom trabalho feito por Paul Solet, Grace não deve ser considerado esse filme mais assustador de todos os tempos."
Para tudo!
Até onde sei, para fãs do gênero terror, o filme tem a obrigação de chegar o mais perto de ser o mais assustador de todos os tempos!

O drama, eu entendo. Uma mãe desenganada sobre as condições de vida do seu bebê, tendo a chance de tê-lo vivo, realmente fará qualquer coisa para que ele cresça forte e saudável junto dela. Mas, terror? Só se for o estado de pavor, de medo intenso que a mãe tinha em perder seu bebê. Fora isso. Não me causou nenhum terror! Só compaixão.

O filme foi tão confuso que também deixou quem arriscou-se a escrever além da sinopse.

Em outro, diz: "A trama não é nada revolucionária para um filme de terror, mas são a força de suas imagens que fazem a diferença."
Nisso, tenho que concordar.
A fotografia do filme e a produção, apesar dessa última ter cometido pequenos pecados (como as cenas do bebê mamando sangue), ficaram boas.
Mas, só!
Até a trilha... Hummmmmmmmmm... Foi bem fraquinha (pra não ser muito exigente).

Inconformada, continuei minha busca.
No YouTube, achei o link http://www.gracehorror.com/ e comecei a ver uma luz no fim do túnel.
"GRACE", em sua primeira exibição (2006), era um curta de 6 minutos. Premiado, até!
Isso explica os possíveis desmaios e o porquê d'eu ter gostado muito mais do trailer do que do filme.
Mesmo, assim, quero conferir. Claro!
Vai que é conversa fiada, como a do longa?
Enquanto baixa seu curta para eu conferir, vejam, comigo, os teasers:

Bem...
Sobre o longa, o trailer é mais assustador, os elementos de composição estão perfeitos e já conta toda a história do filme que o próprio filme em si.
Quem assistiu ao trailer, já viu tudo!
Insistir para ver o filme, é dar os dois lados da face ao tapa de uma vez!
Imagina o quanto é que vai doer!

Eu exibiria o trailer como um curta e os teasers, deixaria como trailers.
Não precisaria de mais nada.
Um curta de terror supreendente e intrigante!
Vendo como o longa acabou, já estaria perfeito a edição do trailer, para um curta, como está.
O longa fora um erro.
Isso se, depois que ver o curta, não me decepcionar também.

Conselhos:
1 - Para os sádicos, vão em frente e assistam ao filme;
2 - Para os cautelosos, fiquem só com o trailer;
3 - Para os que, depois de lerem minha indignação, desistiram de assistir ao filme, mas, persiste a curiosidade de que possa existir algo mais, continuem a ler.

Na minha perspectiva, o gênero de "GRACE" é o drama.
Com a minha percepção, resume-se a uma mulher, homossexual, que casou-se por pressão da sociedade e tenta ter um filho.
Além da família do marido possuir alguns desajustes emocionais, ela tem um atrito forte com sua sogra (pra não fugir ao clichê).
Quando consegue engravidar, decide, à revelia da sogra, que quer dar à luz sua filha em um lugar menos urbano, para o nascimento de seu bebê ser carregado por energias positivas. Tudo sem "procedimento médico".
Sua parteira será sua ex-namorada.
Só que um acidente acontece, matando o pai e o bebê.
Ela decide não tirar o bebê morto à força, deixando que saia naturalmente.
Ao nono mês, ela "entra em trabalho de parto" e, por milagre, sua filha renasce.
Os dias passam. Estranhamente, sua filha começa a se decompor em vida e trocar seu apetite pelo leite materno por sangue. O sangue será o que manterá a aparência saudável do bebê.
Conforme fora apresentado no filme, mostra ser, muito mais, um distúrbio fisiológico, devido as condições de nascimento e negligência da mãe por não querer levá-la ao médico, do que algo medonho sobrenatural.
Enquanto isso, a avó paterna transfere todo seu sentimento de perca para a neta, decidindo iniciar uma "disputa" pela guarda da criança.
A mãe do bebê mata a sogra e o médico que ajuda a sogra  para não permitir que tirem a sua filha.
A medida que a criança cresce aumenta seu apetite por sangue.
E termina ela, a ex-namorada e sua faminta criança canibalesca.


Fontes: http://www.gracehorror.com/
              http://www.bocadoinferno.com/romepeige/artigos/grace.html
              http://www.nerdssomosnozes.com/2009/06/grace-o-filme-que-revirou-sundance.html